A segunda referência de Martim Avillez de Figueiredo já não é desesperançosa. É demolidora. Trata-se de um texto publicado na sexta-feira, 25.03.2011, no Wall Street Journal, com o título “A Nation of Dropouts Shakes Europe“.
Na citação de Matim Avillez de Figueiredo, o anterior diretor do jornal i traduz o título da notícia como “Um País de Burros…”. Parece-me abusivo… a tradução mais próxima será “Um País de Desistentes Agita a Europa”. Sejam burros ou desistentes, a verdade é que o autor do texto, Charles Forelle, considera Portugal como “uma terra de atrasados”.
Num texto bem ilustrado com vários gráficos interativos, o autor fala de um país onde os alunos chumbam repetidamente a escolaridade básica, desistem de estudar, onde o sistema de educação é fraco. Ou seja, o americano Charles Forelle considera que o sistema de educação ilustra bem a economia portuguesa, que nunca poderá sair da recessão com gente tão mal preparada.
“Apenas 28% da população portuguesa entre os 25 e os 64 anos completou o Ensino Secundário. Na Alemanha completaram 85%, 91% na República Checa e 89% nos Estados Unidos da América”, refere o autor. A taxa de desistência do ensino secundário é, em Portugal de 37,1%. A da Alemanha é de 2,8%. Nos países da OCDE só o México e a Turquia têm taxas mais elevadas, garante ainda, o autor.
Nunca me habituei a ouvir com especial atenção os americanos a falarem de escolaridade e de conhecimento. É verdade. Mas se os dados apresentados por Charles Forelle forem verdadeiros, então é de ir às lágrimas. Mesmo.
Não é um problema deste Governo, reconheça-se. É um problema deste país!
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