– Não me parece que tenha sido sensata a decisão de a oposição revogar a avaliação do desempenho de professores nesta fase do campeonato. É certo que o efeito da avaliação na progressão das carreiras, no aumento dos salários e nos concursos, já estava congelado, mas deu-se um sinal ao país de que, a partir de agora, todos os que berrarem mamarão… e isso não é saudável. Deu-se o sinal de que tudo o que tiver sido implementado vai ser revogado. E isso não pode acontecer. Mais do que austeridade económica e financeira é preciso austeridade política. Austeridade nas promessas, nos gestos, nos compromissos, nos comportamentos. E o PSD não servirá o país se embarcar numa politica de terra queimada.

– A austeridade política também se reflete na austeridade das palavras e na contenção de barões e baronetes emitirem opinião – algumas das quais só prejudicam o trabalho da liderança que depois tem de as andar a desmentir ou a distanciar do que são opiniões de amigos e companheiro e, nem por isso, opiniões ou tomadas de posição da liderança ou do próprio partido. Foi isso que aconteceu ontem com António Carrapatoso, que foi convidado para colaborar com a liderança do PSD. Depois de Miguel Relvas e Passos Coelho ter dito que prefeririam aumentar impostos a baixar salários e prestações sociais, o gestor da Vodafone declarou à Lusa que achava precisamente o contrário. A cortar era na despesa e não aumentar a receita. Resultado: ajudou o pagode a criticar a liderança que visava ajudar. Teve de vir à Lusa dar o dito pelo não dito e emendar à mão. Um pedido contra estas diarreias opiniativas: Por favor calem-se! Guardem para vocês e para as conversas intimas com o líder essas opiniões.
* Nisto não vos saúdo

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