O CDS/PP é um partido fundamental no panorama político português. É um partido que, sendo um pequeno partido, se afirmou nos últimos anos como estando preparado para integrar o “arco do poder”. Na verdade, no mandato da AD, em 1979, foi do CDS que sairam os dois mais distintos ministros daquele governo, Freitas do Amaral e Amaro da Costa. Nos Governos Durão Barroso e Pedro Santa Lopes, um dos melhores ministros foi, sem sombra de dúvida, António Bagão Félix – ministro do Trabalho e Solidariedade Social no Governo Barroso e ministro das Finanças no Governo Santana Lopes.
O CDS tem o problema de ser um partido demasiado dependente do seu líder carismático, é certo. Mas afastou-se do caminho da demagogia política popularucha que o caracterizava antes de 2004, e afirmou-se como um partido de gente eficiente, activa, criativa, corajosa e responsável. A perenidade e estabilidade ideológica do CDS/PP é muito importante para um governo nacional – assim como para governos municipais, por exemplo.
No congresso que acabou ontem, em Viseu, o líder do CDS/PP mostrou-se determinado, mostrou-se responsável e isso é importante. Importante para a “coligação alargada de mudança” que Pedro Passos Coelho hoje enunciou. Faz todo o sentido que CDS/PP, PSD e MEP se apresentem a votos e obtenham os votos dos portugueses, para depois, se coligarem na formação de um Governo estável e credível.
“É Agora ou Nunca”, como disse Portas, em Viseu.
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