“Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar”
A música está a causar sensação em blogues e em jornais nacionais. O grupo musical Deolinda – grupo de música popular portuguesa, inspirado pelo fado e pelas suas origens tradicionais – deu dois concertos nos coliseus e, no do Porto, apresentou o tema “Que Parva Que Eu Sou” – uma espécie de narrativa dos jovens portugueses, na casa dos vinte-trinta anos, “da geração sem remuneração”, “casinha dos pais” ou “nem-nem” (nem trabalha, nem estuda).
O grupo já havia apresentado, em álbuns anteriores, temas “de intervenção”, como “Movimento Perpétuo Associativo” – no primeiro albúm, que carateriza tão bem o cidadão português –, depois o “Fado Notário” – sobre a legalização do casamento gay – ou depois “Garçonete Da Casa De Fado” – sobre a emigração de brasileiros –, e depois ‘A Problemática Colocação de Mastro’ – sobre o mastro milionário de Paredes para comemorar o centenário da República.
“Que Parva que Eu Sou” está a promover debate pela avaliação feita pelo autor da letra de uma geração de portugueses que se mostra muito frustrada. Uns estão a usar a música para criticar o Governo Sócrates, outros procuram ir mais longe.
Na verdade, e temos de reconhecer isso mesmo, estas pessoas que hoje têm entre 25 e 35 anos, são as que estavam na escola no início da década de 90 do século passado, quando se implementaram as reformas da Educação do Governo Cavaco.
Esta geração de que fala a Deolinda é a primeira geração europeia – do Erasmus, da cidadania europeia e global. Esta geração é a filha da dos que implementaram a democracia em Portugal, da dos que terminaram com a Guerra Colonial. Interessará avaliar porque razão esta geração se mostra tão deprimida, tão tristonha? Interessará avaliar porque razão os mais brilhantes desta geração sentem necessidade de sair do seu país e da sua comunidade, para irem trabalhar para o estrangeiro, ou para Lisboa?
Editorial de 23 de fevereiro de 2011 do Jornal da Mealhada
[1281.] Hymno
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Terei que voltar ao tema, quanto mais não seja por causa DISTO
Boa noite, amigo Nuno.
Se puder, dê uma vista de olhos a esta história que acabei de escrever.
Longa, sem dúvida, mas fantástica. Deu-me um gozo imenso escrevê-la.
Abraço.
Luís Fernandes
Fogo, não acerto uma para "a caixa"! Esqueci-me de estabelecer o link.
http://questoesnacionais.blogspot.com/2011/03/historias-da-minha-aldeia-10-o-onzeiro.html
Abraço.
Luís Fernandes