A Escola de Atenas
[Causarum Cognitio]
Rafael Sanzio (1483-1520)
Fresco, com 5m x 7m, pintado em 1509-1510,
na Stanza della Segnatura, no Vaticano
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Hoje é Dia Mundial da Filosofia. E este fresco, do grande Rafael, é, provavelmente, o melhor tributo à história da Filosofia (pelo menos até ao inicio do século XVI).
A representação vai buscar o ambiente que se teria podido assistir na Academia de Platão (Atenas em 387a.C.), apesar de estarem aqui representados filosofos que não são contemporâneos dessa altura. Em ‘A Escola de Atenas’, que até ao século XVII se chamou ‘Causarum Cognitio’, “Rafael pintou os maiores estudiosos antigos como se fossem amigos que discutiam e desenvolviam as formas de pensar e de refletir a filosofia em si”.
Nesta pintura, ao centro estão representados Platão e Aristóteles.
Platão, à esquerda, segura o ‘Timeu’ (um tratado da sua autoria, de 360a.C., que teoriza sobre a natureza do mundo físico). Platão aponta para o alto, numa alusão ao mundo intelegível, ao ideal. A cara de Platão, nesta obra, é a de Leonardo daVinci.
Aristóteles, à direita, segura a sua obra ‘Ética a Nicómano’ e tem a mão na horizontal, representando o terreste, o mundo sensível.
Rafael representa mais dezanove filósofos neste fresco: Zenão de Cítio, Epicuro, Frederico II duque de Mântua e Montferrat, Anicius Manlius Severinus Boethius, Averroes, Pitágoras, Alcibíades, Xenofonte, Hipátia (cuja cara é a de Margarida a namorada de Rafael), Ésquines, Parménides, Sócrates, Heráclito (que tem a cara do pintor Miguel Ângelo), Diógenes de Sínope, Plotino, Arquimedes acompanhado de estudantes, Estrabão, Ptolomeu, Apeles (que tem um autoretrato do autor Rafael) e Protogenes.