“A Morte de Sócrates”
Jacques-Louis David (França, 1748-1825), em 1787
Metropolitan, Nova Iorque
“A Morte de Sócrates” é um ícone da pintura neoclássica. David, o seu autor, esteve ao serviço de Robespierre e de Napoleão Bonaparte, e procurou mostrar, sempre, que “a arte está acima das ideias”. Nesta obra, o pintor retrata Sócrates [Σωκράτης, o filósofo ateniense] teorizando sobre a imortalidade da alma, enquanto procurava justificar a sua escolha pela sentença de morte, ao invés da renúncia às suas teses, mostrando que as ideias estão acima das paixões humanas.
De Σωκράτης nunca se saberá se foi um teimoso, se um cobarde, se um herói. Às vezes tenho medo e pergunto-me a mim mesmo se já não é esta “tentação para o abismo”, para o sucidio em vez da renuncia e do reconhecimento do erro que move os nossos politicos e, especialmente, os que não estando a ter resultados parecem procurar representar exactamente o contrário, numa especie de dimensão paralela que procuram ‘vender’, mas na qual só eles acreditam (ou finjem acreditar).