Depois de uma longa novela política, o Orçamento Geral do Estado foi ontem aprovado, na generalidade, com os votos a favor do PS, os votos contra do PCP, BE, CDS e PEV, e a abstenção do PSD.
Apesar de viabilizar o Orçamento, com a abstenção, o PSD foi duro nas criticas e chegou mesmo a falar-se que as informações dadas aos mercados estavam a ser contraditórias.
Uma coisa resulta de todo este processo: Já é só o pragmatismo que governa Portugal. Os partidos políticos, mesmo a oposição, resignaram-se ao pragmatismo de fazer o que tem de ser feito, independentemente do que poderia considerar-se correcto.
E o pragmatismo é coisa perigosa. Porque, em última análise, a suspensão da Democracia, em nome do pragmatismo resulta na mais descaracterizada das ditaduras, a do pragmatismo, ele mesmo!