Óleo do anadiense Fausto Sampaio
Enquanto não consigo ter uma imagem ‘limpa’ deste quadro, fica aqui um pormenor do cartaz da Romaria da Ascensão 2010, iniciativa promovida pela Fundação Mata do Buçaco.
A história da Romaria da Ascensão é simples. E muito interessante.
Em 1834, com a abolição das Ordens Religiosas Masculinas, em 30 de Maio, pelo Joaquim António de Aguiar, o ‘Mata-frades’, o Convento do Buçaco deixou de ser território exclusivo dos religiosos e interdito às pessoas. Passou a ser do Estado, logo, de todos.
Esta mudança teve um efeito quase imediato: Os habitantes das povoações à volta, da Serra do Bussaco e da região, com grande espírito de curiosidade, começaram a ir ‘espiolhar’ lá dentro, ver como era, o que se passava e afins.
Para uma população iminientemente agrícola, não era fácil arranjar um dia para se dar a essas visitas de estudo. Com os anos, a curiosidade não se perdeu e a população curiosa foi aumentando de número. Intensificando-se de ano para ano.
Quinta-feira da Ascensão era dia de guarda obrigatória para os católicos. Seria o que hoje se chama um feriado nacional… Aliás, nalguns países é mesmo feriado nacional religioso. Neste dia os católicos que trabalhassem incorriam em pecado contra o terceiro dos mandamentos da Lei de Deus.
Então o dia de visita ao Buçaco, para matar curiosidades acontecia nesse dia. No regresso cumpria-se a tradição de fazer o ramo da Ascensão e com o tempo outros atractivos foram aparecendo: a festa, o convivio, as compras, o namoro etc.