A existência de pedofilia na Igreja Católica é um problema sério que merece a censura pública de todas as pessoas que subscrevem os valores ocidentais – quase todos acentes numa moral milenar judaico-cristã.
A entrevista do Bispo das Forças Armadas, Dom Januário Torgal Ferreira ao programa Discurso Directo, do Diário de Noticias e da TSF – visivel AQUI – parece-me representar a atitude sensata a assumir pelos católicos neste momento.
Tal como o prelado português, eu não acredito na teoria de que a divulgação pública dos casos de pedofilia é a face visivel de uma campanha contra o Papa.
Agora, também me custa aceitar que o Papa seja, ao mesmo tempo, acusado de encobrir e de divulgar, reconhecendo, todos estes casos de pedofilia. Ou acusamos o homem de uma coisa, ou de outra, das duas não dá.
Quanto mais depressa se souber dos problema, se afastem os prevaricadores e se castiguem os cumplices (e falo naturalmente de toda a hierarquia), mais cedo se podem tomar medidas para resolver o problema, fazer a catarse e dar garantias aos fieis de que a Igreja se preparou para que isto não volte a acontecer.
A igreja católica é constituída por pessoas. E tal como em qualquer outra organização, algumas delas não são nada recomendáveis.
Mas para mim, o problema da igreja católica em particular, foi ter-se tornado demasiado moralista (a meu ver). Assim, os supostos defensores da moral durante anos terem ocultado casos internos de pedofilia naturalmente descredibiliza a igreja enquanto instituição.
Mas a minha principal questão em relação à igreja católica é outra. Será que igreja católica tem representado devidamente os ideias de Cristo? Por exemplo, será que Cristo hoje reprovaria o uso do preservativo? Penso que não, a minha visão de Cristo é que era uma pessoa muito mais tolerante e aberta do que a igreja católica tem sido em muitas situações… Talvez falte fazer esse debate…
Abraço
Esse é o grande debate! Já se vai fazendo nalguns circulos… Mas que importa fazer a cada momento!