Jews Praying in the Synagogue on Yom Kippur. Vienna, 1878.

por Maurycy Gottlieb

(1856-1879)

Pintor polaco, judeu
יום כיפור
Yom Kippur

Entre o pôr-do-sol de ontem, 8 de Outubro e o de hoje, é, na religião Judaica, o Dia do Perdão, o Yom Kippur. Trata-se daquele que é considerado pelos Judeus como o mais santo e solene dia do ano. Nele, é dado especial ênfase ao perdão e à reconciliação – coisas tão gratas ao pensamento judaico. No Yom Kippur existem cinco proibições: A primeira é a de Comer (come-se um pouco antes do pôr-do-sol ainda na véspera do dia até o nascer das estrelas do dia de Yom Kipur); A segunda é o uso de calçado de couro; A terceira é a do relacionamento conjugal; A quarta é passar cremes, desodorizante, etc. no corpo; E a quinta é tomar banho por prazer.
A essência destas proibições é causar aflição ao corpo, dando, então, prioridade à alma. Pela perspectiva judaica, o ser humano é constituído pelo yetzer hatóv (o desejo de fazer as coisas corretamente, que é identificado com a alma) e o yetzer hará (o desejo de seguir os próprios instintos, que corresponde ao corpo). Nosso desafio na vida é “sincronizar” nosso corpo com o yetzer hatóv. Uma analogia é feita no Talmud entre um cavalo (o corpo) e um cavaleiro (a alma). É sempre melhor o cavaleiro estar em cima do cavalo!Os serviços religiosos de Yom Kippur começam com uma oração, conhecida como Kol Nidrei, que tem de ser recitada antes do pôr-do-sol. Kol Nidrei, que em Aramaico significa “todos os votos”, é a anulação pública de votos ou juramentos religiosos feitos por judeus durante o ano anterior. Apenas diz respeito a votos não cumpridos, feitos entre a pessoa e Deus, e não cancela ou anula os votos feitos entre pessoas.
O Yom Kippur termina com o toque do shofar, que marca a conclusão do jejum. É sempre observado como uma festividade de um dia apenas, tanto em Israel como nas comunidades da Diáspora judaica.(Textos adaptados da Wikipédia)