“O Maio de 68 ganhou a rua, contaminou as fábricas e morreu nas ruas. Não chegou a ser uma revolução, mas foi revolucionário no sentido mais amplo que tal palavra contém – o da contestação da ordem existente, qualquer que seja o domínio da vida onde ela se expressa”, afirma Miguel Portas que evoca, no SOL, os 40 anos do Maio de 1968 recordando os slogans das pinturas murais que ‘cagaram’ Paris. A recolha foi da jornalista Janine Casavecchie editada no livor evocativo ‘Mai 68’
– É proibido proibir
– É doloroso aturar chefes. E mais imbecil é escolhê-los
– Todo o poder abusa. O poder absoluto abusa absolutamente.
– O patrão precisa de ti. Tu não precisas dele.
– Nem deus, nem dono.
– Eu participo, tu participas, ele participa, nós participamos, vós participais… eles lucram.
– Não queremos um mundo onde a certeza de não se morrer de fome se troca contra o risco de morrer de aborrecimento.
– Trabalhadores de todos os países, divirtam-se.
– Não quero perder a minha vida a ganhá-la.
– Sejamos realistas, exijamos o impossível.
– É preciso matar o polícia que há em cada um de nós.
– Ele demorou três semanas para anunciar em cinco minutos que faria dentro de um mês o que não fez durante dez anos.
– Se as eleições pudessem mudar o que quer que fosse, há muito que tinham sido proibidas.