Foi Manuela Ferreira Leite quem o disse – Na Madeira o tipo de linguagem não é entendível pelos continentais, leia-se cubanos.
De qualquer forma, mesmo avisados, foi com espanto que lemos no Expresso de 19.04.08: “Socialistas planearam pôr bomba na casa de Jardim”.
Que Alberto João Jardim foi membro da FLAMA – Frente de Libertação do Arquipelago da Madeira, toda a gente sabe. Que as ligações a este movimento separatista e autor de vários atentados podem comprometer o presidente do Governo Regional da Madeira e presidente do PSD/Madeira é também assunto por todos aceite como verdadeiro.
Mas o que nos assustou foi ler, sem ter lido depois nenhum desmentido, que o PS Madeira, onde estavam membros da Comissão Politica Nacional do PS, votou, em 1977, uma proposta para colocação de bombas nas casas de António Gil e Alberto João Jardim.
A proposta foi chumbada, é certo. Mas só o facto de ter sido considerada digna para chegar a votação mancha a história de democracia, pluralidade e resistência do Partido Socialista.
É vergonhoso.
Alberto João Jardim pode ter sido, mas será que o PS já foi terrorista?