Inês de Castro
Galiza 1325 – Coimbra 1355
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Inês de Castro. Uma espia? Uma despudorada? Uma rameira? Uma heroína? Será possível caracterizar uma mulher do século XIV português? Da história de Inês de Castro intriga-me o estado de necessidade que terá levado o rei D.Afonso VI, o filho de uma Raínha Santa, a mandar assassinar uma amante (esta de entre muitas outras) do Príncipe Herdeiro. Alguma importância a mulher havia de ter…
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Iniciamos assim a galeria das mulheres que sobressaem da História da Humanidade e por quem temos especial estima e/ou admiração
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(Veneris dies – continua a ser sexta-feira, o dia da Mulher)
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Sem responder às questões que coloca e como que a coroar a história (ou terá sido estória?) de amor de pedro e inês (cuja morte desta só engrandece porque trágica e, por isso, não inócua), fica aqui uma sugestão de um livro-cd-poema, escrito por Ruy Belo e dito, entre outros, por Luís Miguel Cintra (que tem, tb, outra soberba edição livro-cd com alguns poemas deste poeta), como resultado de uma encenação levada a cabo, em 96, pela Cornucópia (este livro-cd é de 2003). Intitula-se “A margem da alegria” e é simplesmente belíssimo. E porque o post fala de Inês, fica aqui um mto pequeno fragmento deste poema com 78 páginas (e dois cds): “inês mulher de palavra mais lenta sempre que mais ciumenta / e é talvez azul o seu ciúme como rubro o lume / e verga como o vime alguém nos braços de quem ame/ (…)Inês detém a fala amena da mulher humana/ e se alguém se apaixona logo ela o domina/ e aprende a chorar quem só sabia rir/ e torna-se terrível quem sempre era amável/ e pensativo mesmo um ânimo expansivo/ rainha sim para seu mal não só de portugal/ (…)”
Estará a Lua a declarar-se ao Canilho?