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Na quarta-feira, 10 de Outubro, a segunda quarta-feira do mês de Outubro, foi o Dia Internacional para a Prevenção das Catástrofes Naturais. No dia seguinte a Academia Sueca anunciava a entrega do prémio Nobel da Paz a Al Gore e ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU. Coincidências? Certamente que sim.
É sabido que o problema das catástrofes naturais está intimamente ligado à questão das alterações climáticas. E se há possibilidades de minimizar os efeitos provocados pelas alterações climáticas então, também há maneira de desmobilizarmos os perigos de catástrofes naturais?
Isso remete-nos, digo eu, para o problema da Protecção Civil. Será possível continuarmos a viver com estrturas desprofissionalizadas de socorro nas calamidades? Haverá Bombeiros Voluntários toda a vida, assim acredito, mas será possível contarmos só com eles por muito mais tempo. Por outro lado importa reconhecer que o problema da protecção civil nas catástrofes naturais não se coloca só no campo das entidades de socorro mas também nas pessoas, na preparação de cada um de nós. Na nossa terra, por exemplo, posso perguntar para onde devo eu dirigir-me em caso de evacuação geral da população? As catástrofes naturais são, diria, por defifinição, imprevisíveis. Mas não deveria haver um minimo de previsibilidade no que toca a estes problemas?
Resta-nos acabar com os aeróssois e prepararmo-nos para ter Verão até ao São Martinho e monções em Maio?
Registo a mensagem de Jorge Paiva, botânico e professor da Universidade de Coimbra, sobre a atribuição do prémio a Al Gore. Foi também o que me passou pela cabeça… eu prefiro políticos consequentes.
Jorge Paiva, catedrático: “Gore não tem mérito para receber o Nobel da Paz pois ganhou dinheiro com o documentário”. (Lusa)
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