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O Nome da Rosa. É um filme de Jean-Jacques Annaud baseado no romance homónimo de Umberto Eco.1986. Com Sean Connery.
Um filme fantástico, um dos meus preferidos. Aprecio particularmente a conversa de Jorge de Burgos com Guilherme de Baskerville sobre o Riso, o debate sobre a pobreza de Cristo entre os enviados do Papa e os franciscanos e claro está… a cena da cozinha entre Adso e a Rosa… Fantástico.
Um filme que nos prende do princípio ao fim.
Um dos meus filmes preferidos. Uma pequena correcção, estava em causa um livro de Aristóteles, “Poética”, onde se fala da tragédia, da poesia, e da sátira (daí, riso). Neste século, no do filme, existiam muitas questões filosóficas em debates inflamados, como é a questão do universais e o nominalismo de Guilherme de Ockham, que colocavam em causa a doutrina da Igreja de então, mais devota aos escritos platónicos (apesar de S.Tomás de Aquino ter visto em Aristóteles a prova da existência de Deus). Sem mais delongas, para não vos cansar, sublinho apenas que a ideia que se tem dos tempos medievos como sendo o tempo das trevas não faz sentido algum (e só é assim denominado em contraposição à dita época das Luzes); nesta época houve grandes pensadores, grandes debates (que incluiam os pensadores árabes, como Avicena e Averróis) e pessoas (homens e mulheres) que arriscaram a sua felicidade e, por vezes, a vida, por pensarem por si, permitindo os avanços ulteriores.
O melhor do filme, para mim, é a visão que dá de que esta época, ao contrário do que se pensa, é feita de vozes plurais e fundamentadas e o de sublinhar a importância da cultura e dos livres para a liberdade humana. Coisa que alguns, ainda hoje, não conseguem compreender e pensam a palavra diferente, ainda, como uma ameaça.