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… Dia de Santo António
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ANTONIUS DE PADUA, ORA PRO NOBISS, 1895

1 gravura : litografia, colorida. – Data provável baseada no 7º centenário do nascimento do Santo. – Dim. da comp.: 51×39 cm. – Imagem de Santo António com o Menino Jesus, dentro de um emolduramento formado por medalhões redondos representando passagens da sua vida

Biblioteca Nacional Digital

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«Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo nasceu em Lisboa em 15 de Agosto de 1195. Nascido e criado em Lisboa, aos quinze anos entrou para um convento de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, e em 1220, com vinte e cinco anos, impressionado pela pregação de alguns frades fransciscanos que conheceu em Coimbra enquanto estudava, trocou o seu nome por António e ingressou na Ordem dos Franciscanos. Era um pregador culto e apaixonado, conhecido pela sua devoção aos pobres e pela habilidade para converter heréticos. Leccionou ainda teologia em várias universidades europeias, tendo passado os últimos meses da sua vida em Pádua, Itália, onde viria a falecer no bairro de Arcella. No dia 13 de Junho de 1231.
Onze meses e dezassete dias depois de morrer foi canonizado. Detém o recorde da canonização mais rápida da Igreja Católica. Em 1934, o Papa Pio XI proclamou-o segundo padroeiro de Portugal, a par de Nossa Senhora da Conceição. Por fim, em 16 de Janeiro de 1946, o Papa Pio XII juntou o seu nome à lista dos Doutores da Igreja Católica.
No século XVII, para alguns historiadores em 1665, Santo Antônio assentou praça no 2° Regimento de Infantaria de Lagos, simbolicamente, por iniciativa de D. Afonso VI (1656-1683), que viu no Santo a bandeira milagrosa para a vitória contra as forças espanholas sob o comando do marquês de Caracena. O estratagema deu resultado, tendo o Exército Português, sob o comando do marquês de Marialva, derrotado as do “Marte da Espanha”. No reinado de D. Pedro II (1683-1706), o Santo foi promovido a Capitão, e no de D. Maria I (1777-1816), à patente de Tenente-Coronel, como recompensa pela vitória na batalha do Buçaco, a 27 de Setembro de 1810, quando as forças luso-britânicas derrotaram as tropas francesas de Napoleão sob o comando de André Massena.»

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A propósito da participação de Santo António na Batalha do Buçaco. Aconselha-se, uma vez mais, uma visita ao Museu Militar do Buçaco. Na capela de N.ª Sr.ª da Vitória, dentro do recinto do Museu, está esta imagem do Tenente-Coronel Santo António com uma condecoração. Como militar que era a imagem do Santo participou na Batalha do Buçaco, montado numa mula branca. Acontece que os franceses capturaram-no e foi necessário enviar uma equipa de resgate para salvar o militar (que na altura era só capitão). Salvou-se o santo mas não parece ter saído salvo um dos soldados que o regastou. O Tenente Coronel ainda hoje recebe o ordenado mensal!