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3 RESPONSES TO “180. Bietan Jarrai?”
Anónimo
diz:
6 Junho 2007 at 16:21
UM ESTÁDIO E UMA BANCADA
Tenho na minha frente um semanário do município da Mealhada que relata de algum modo a última reunião de Câmara onde um vereador pergunta pelo novo Estádio Municipal da Pampilhosa “prometido há alguns anos “ diz, depois da doação dum terreno feita em tempos pelo benemérito CS e cuja finalidade era o melhoramento do campo principal do clube. Porém, diz a mesma noticia logo a seguir pela voz do mesmo orador, recordando que a doação foi feita há dois anos tendo por objectivo a construção do Estádio Municipal da Pampilhosa …obra que está prometida há vários anos … Segundo a mesma fonte o presidente da edilidade não negou que o propósito central (?) passa pela construção dum estádio… e que o respectivo projecto está a ser elaborado.
Ficamos sem saber para é que foi feita a doação, se para melhoramento do campo existente, se para a construção dum estádio ou até para esperar por melhores dias e melhor oportunidade. De qualquer modo foi feita para beneficiar o velho ou construir um novo estádio, como transparece do texto. Tomamos porém conhecimento, como munícipes, que se quisermos que a nossa Câmara nos faça qualquer coisa, teremos que começar por doar o terreno, ouvir uma promessa e aguardar. Teremos grandes probabilidades de vir a obter o pretendido se o critério for idêntico, como deve ser, para todo o município.
Ora eu que não sou adepto do futebol e até julgava que ali já havia um belo campo para a sua prática, fiquei admirado e intrigado com as “antigas promessas” que originaram esta singular doação feita por um benemérito bem como com o projecto já em fase de elaboração para o referido estádio.
Em primeiro lugar passei a saber que nos dias que correm também existem “beneméritos da bola”, ao contrário de outros tempos em se tinham por beneméritos aqueles que contribuíam para instituições de apoio aos mais necessitados, pela ajuda filantrópica desinteressada a conterrâneos frágeis, etc, etc, etc , o que lhes dava a eles, doadores, um estatuto de altruísmo exemplar que os distinguia precisamente pelas suas virtudes e sãos princípios humanitários. Havia até a figura do comendador “oficial” que enaltecia essas virtudes humanas e permitia aos mais persistentes o assumir duma posição distinta e evidente na sociedade.
Isto era o que eu pensava de facto dum benemérito, e não me passava sequer pela cabeça que no mafioso mundo da bola existissem Madres Teresas! Não passava, nem passa, pois tirando os Britos do Benfica que eram de S. Pedro de Alva, directores e filantropos ao mesmo tempo, não me lembro de mais ninguém que tenha obtido esse grau da comenda via bola!!! E mesmo os Britos, há quanto tempo foi…???
Se imaginarmos hoje os valentins, pintos, madaís e outros que andam por aí a aproveitar a mama da tanga, alguém acredita que tenham preocupações com a má sorte dos vizinhos?
Em segundo lugar, uma coisa que me deixa, não sei se preocupado, se descrente, se causticamente indiferente, é a sequência da notícia que atribui á Pampilhosa um novo estádio municipal e á Mealhada uma bancada no estádio municipal. Julgo que li bem.
Depreende-se que, no caso da Mealhada, se algum dia chegar a estádio, vai ser feito de remendos. Remenda aqui, remenda acolá, bancada além, chuveiro ali, telha nova de vez em quando, isto é, quando chegar ao fim já o começo está podre. Será????
No caso da Pampilhosa, o projecto é de raiz, não sabemos com que dimensão, mas segundo o jornal que relata a reunião de Câmara, está a ser elaborado.
É lógico! Terreno novo, doado, grátis, quer estádio novo, está visto…!
E o que é que vão fazer ao que já têm? Nada se diz. Vão dá-lo, vendê-lo, fazer casas? Não se sabe. Omite-se.
Como aquele célebre filme que correu por aí há uns anos, ou os deuses devem estar loucos ou não se percebe que critérios presidem a estas conversas de reunião de Câmara que por mal dos nossos pecados vão de tropeço em tropeço e até podem chegar dum dia para o outro á politica do facto consumado.
Embora em certa medida comungue da opinião expressa pela autarquia em relação ao assumir de compromissos póstumos de instituições privadas, devo sublinhar por outro lado que, como no caso dos beneméritos e dos comendadores, há instituições que se regem por fins sociais e humanitários que merecem muito mais respeito, se as compararmos com esta abertura cega para estádios de futebol. E talvez mais apoio!
Quais são os critérios que regem as prioridades? Serão os mesmos critérios inexplicáveis e discriminatórios que presidiram á distribuição de subsídios ás associações desportivas e culturais?
Fica o comentário. Para refletir. Não vá o dinheiro faltar para os megas projectos como os paços do município, feito com remendos a preço de oiro mas que apesar de tudo, não tem rodas…
Cuidemo-nos, enquanto esperamos pelo novo estádio…
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UM ESTÁDIO E UMA BANCADA
Tenho na minha frente um semanário do município da Mealhada que relata de algum modo a última reunião de Câmara onde um vereador pergunta pelo novo Estádio Municipal da Pampilhosa “prometido há alguns anos “ diz, depois da doação dum terreno feita em tempos pelo benemérito CS e cuja finalidade era o melhoramento do campo principal do clube. Porém, diz a mesma noticia logo a seguir pela voz do mesmo orador, recordando que a doação foi feita há dois anos tendo por objectivo a construção do Estádio Municipal da Pampilhosa …obra que está prometida há vários anos … Segundo a mesma fonte o presidente da edilidade não negou que o propósito central (?) passa pela construção dum estádio… e que o respectivo projecto está a ser elaborado.
Ficamos sem saber para é que foi feita a doação, se para melhoramento do campo existente, se para a construção dum estádio ou até para esperar por melhores dias e melhor oportunidade. De qualquer modo foi feita para beneficiar o velho ou construir um novo estádio, como transparece do texto. Tomamos porém conhecimento, como munícipes, que se quisermos que a nossa Câmara nos faça qualquer coisa, teremos que começar por doar o terreno, ouvir uma promessa e aguardar. Teremos grandes probabilidades de vir a obter o pretendido se o critério for idêntico, como deve ser, para todo o município.
Ora eu que não sou adepto do futebol e até julgava que ali já havia um belo campo para a sua prática, fiquei admirado e intrigado com as “antigas promessas” que originaram esta singular doação feita por um benemérito bem como com o projecto já em fase de elaboração para o referido estádio.
Em primeiro lugar passei a saber que nos dias que correm também existem “beneméritos da bola”, ao contrário de outros tempos em se tinham por beneméritos aqueles que contribuíam para instituições de apoio aos mais necessitados, pela ajuda filantrópica desinteressada a conterrâneos frágeis, etc, etc, etc , o que lhes dava a eles, doadores, um estatuto de altruísmo exemplar que os distinguia precisamente pelas suas virtudes e sãos princípios humanitários. Havia até a figura do comendador “oficial” que enaltecia essas virtudes humanas e permitia aos mais persistentes o assumir duma posição distinta e evidente na sociedade.
Isto era o que eu pensava de facto dum benemérito, e não me passava sequer pela cabeça que no mafioso mundo da bola existissem Madres Teresas! Não passava, nem passa, pois tirando os Britos do Benfica que eram de S. Pedro de Alva, directores e filantropos ao mesmo tempo, não me lembro de mais ninguém que tenha obtido esse grau da comenda via bola!!! E mesmo os Britos, há quanto tempo foi…???
Se imaginarmos hoje os valentins, pintos, madaís e outros que andam por aí a aproveitar a mama da tanga, alguém acredita que tenham preocupações com a má sorte dos vizinhos?
Em segundo lugar, uma coisa que me deixa, não sei se preocupado, se descrente, se causticamente indiferente, é a sequência da notícia que atribui á Pampilhosa um novo estádio municipal e á Mealhada uma bancada no estádio municipal. Julgo que li bem.
Depreende-se que, no caso da Mealhada, se algum dia chegar a estádio, vai ser feito de remendos. Remenda aqui, remenda acolá, bancada além, chuveiro ali, telha nova de vez em quando, isto é, quando chegar ao fim já o começo está podre. Será????
No caso da Pampilhosa, o projecto é de raiz, não sabemos com que dimensão, mas segundo o jornal que relata a reunião de Câmara, está a ser elaborado.
É lógico! Terreno novo, doado, grátis, quer estádio novo, está visto…!
E o que é que vão fazer ao que já têm? Nada se diz. Vão dá-lo, vendê-lo, fazer casas? Não se sabe. Omite-se.
Como aquele célebre filme que correu por aí há uns anos, ou os deuses devem estar loucos ou não se percebe que critérios presidem a estas conversas de reunião de Câmara que por mal dos nossos pecados vão de tropeço em tropeço e até podem chegar dum dia para o outro á politica do facto consumado.
Embora em certa medida comungue da opinião expressa pela autarquia em relação ao assumir de compromissos póstumos de instituições privadas, devo sublinhar por outro lado que, como no caso dos beneméritos e dos comendadores, há instituições que se regem por fins sociais e humanitários que merecem muito mais respeito, se as compararmos com esta abertura cega para estádios de futebol. E talvez mais apoio!
Quais são os critérios que regem as prioridades? Serão os mesmos critérios inexplicáveis e discriminatórios que presidiram á distribuição de subsídios ás associações desportivas e culturais?
Fica o comentário. Para refletir. Não vá o dinheiro faltar para os megas projectos como os paços do município, feito com remendos a preço de oiro mas que apesar de tudo, não tem rodas…
Cuidemo-nos, enquanto esperamos pelo novo estádio…
E já agora, pelo remendo da nova bancada !!!!
Mealhadatemas.blog.com
439 dias de reorganização e apetrechamento de armas e munições.
abc = diario inane