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No mesmo dia Santana Lopes desanca no presidente do partido, que já liderou, chamando-lhe tudo o que pode e devia, e Paulo Portas anuncia que é candidato a presidente do CDS, que já liderou, prometendo acabar com as facções internas.
Coincidências?
Portugal precisa tanto assim do brilho destes dois homens? Não é de um ou do outro, é dos dois. Precisa? Há poucas semanas Santana Lopes citou Churchill para dizer que “se para a vida se morre apenas uma vez, já para a política… não se sabe”.
São homens admiráveis, mas exactamente dois anos depois pode considerar-se sanada a pena de travessia do deserto a que eles próprios se impuseram?
São perguntas a mais. O futuro a Deus pertence. Fazem bem em regressar? Os portugueses sempre gostaram de quem não estava, sempre esperaram por quem não prometeu vir. Se há dois anos eram duas bestas… hoje e amanhã serão bestiais… para que daqui a meia dúzia de anos, voltarem a ser bestas…
(Prometemos regressar, em breve, a estes dois Príncipes)