Eu defendo esta tese há tanto tempo que num momento destes não me podia calar! Maria José Nogueira Pinto mostrou a muito politicozinho de trazer por casa, a muitos autarcazito da treta que os mandatos autárquicos são dos partidos! A vereadora do CDS/PP na Câmara de Lisboa desvinculou-se do partido e assumiu as responsabilidades que lhe cabiam devolvendo o mandato ao partido.
Pode-se defender a teoria de que em eleições autárquicas os eleitores são mais sensíveis aos candidatos que aos partidos. É certo que há vezes quem diz isto, também diz que na freguesia X ou Y, ou na Câmara A ou B, até “um burro com um chapeu de palha” ganha se for de determinado partido! O que não há dúvida é que na cabine de voto a cruz é feita em frente ao partido e não em frente ao nome do senhor A ou do doutor X. Assim os mandatos são dos partidos e é neles que o povo confiou.
Maria José Nogueira Pinto tomou a posição certa e que se impunha. Pena é que nem todos os autarcas sejam capazes de ter a mesma coragem… de “os ter no sítio” como a Zezinha!
Na sua terra teve um caso similar e teve oportunidade de muito bem ter assumido a mesma posição.
Porque não o fez?
Pimenta no cu dos outros é refresco no nosso.
Redondamente enganado. Sempre defendi que o mandato era dos partidos e quando João Lousada se incompatibilizou com a Comissão Política do PSD/Mealhada, facto que levou o órgão a retirar-lhe a confiança política (aliás a única forma que os partidos têm de reagir à teimosia dos autarcas agarrados ao poder e que entendem o mandato como pessoal), a minha posição foi de crítica e censura. Mais tarde João Lousada viria a desfiliar-se do PSD, apesar de nessa altura o seu mandato como vereador já ter terminado.
Não tenho pejo em dizer que João Lousada foi provavelmente dos melhores vereadores da oposição que a mealhada já teve, mas não há dúvida que o lugar pertencia ao partido cuja direcção política ele se incompatibilizara. Como vê caro anónimo, falhou no alvo. Neste domínio sempre fui coerente, ao contrário de outras pessoas…
O comentário que antecede este, e que foi apagado por mim, foi feito a pedido do autor e não por minha vontade.
Recebi um telefonema da pessoa que o escreveu a pedir-me que o retirasse. Identificado como autor assim procedi. Agradecia, para que não restem dúvidas que a pessoa em causa aqui confirme o que estou a dizer.
Como já afirmei várias vezes, não modero nem moderarei comentários de qualquer natureza.
Caro Nuno Canilho essa é a verdadeira forma de estar na política.
Por muito que os entendimentos nesta matéria possam ser dicutiveis, a verdade, é que para que a existência de partidos seja possível, têm que existir regras bem definidas.
As pessoas depois de eleitas não podem esquecer essas regras e fazer tábua raza do que são as orientações partidárias.
Sou testemunha da tua coerência e solidariedade nesta matéria.
O CDS perdeu muito nesta discussão e duvido que volte a ter credibilidade.
Agradeço teres retirado o ultimo comentário já que apesar de ter sido feito abusivamente no meu computador servia apenas para me incomodar sem qualquer intenção de ser publicado.
isso parece um namoro de duas criançinhas.
gosto mais de ti que tu de mim.
não me convence nem um nem outro.
regras ou ditaduras?
interesses ou convicções?
retomando o teor do post… raramente (penso, aliás, que nunca) concordei com as perspectivas de MJNP – algumas das vezes irritou-me até ao tutano, como em 98, com a campanha contra a despenalização do aborto – mas sempre reconheci nela a verticalidade de quem está na política por amor à causa e não por necessidade, de qualquer ordem. Foi também de mérito a sua acção na Santa Casa e na CM de LX. Sai com dignidade e com o reconhecimento da digna postura tanto à direita como à esquerda.