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Eu devia ter nascido uns anitos mais cedo… Aprendi a gostar dos Heróis do Mar, já depois de terem acabado. E não fossem as reedições musicais que têm apresentado e ainda hoje os ignorava.
A minha descoberta dos Heróis do Mar dá-se por caminhos tortuosos. Diligente professor de História da Arte (o grande amigo Pedro Semedo) deu-me a descobrir os Madredeus por quem tive paixão quase imediata. Seguindo o percurso do Pedro Ayres Magalhães cheguei aos Heróis do Mar… e apaixonei-me.
Estreou agora uma longa metragem sobre eles chamada “Brava Dança”.
E até têm um blog: AQUI
E lá fiquei a saber que:
«… valerá certamente a pena acompanhar a emissão de Álvaro Costa «Heróis do Mar – Duas Horas de Saudade», com a participação de Pedro Aires Magalhães, Carlos Maria Trindade, Rui Pregal da Cunha e Paulo Pedro Gonçalves, bem como dos autores de Brava Dança. Na Antena Um, entre as 17h e as 19h do próximo sábado, 17 de Março. Repete no dia seguinte pelas 21h (hora em que, na Antena 3, se emite pela segunda vez a «versão radiofónica» do filme). Pode assim dizer-se que haverá um simultâneo…»
Infelizmente… o filme só será exibido em Lisboa, Porto e Setubal. Uma vez mais os indigenas da provincia ficam a xuxar no dedo. Igualdade de oportunidades no acesso à cultura? Claro, se formos lisboetas, portuenses ou setubalenses…
Os Heróis do Mar foram, de facto, um bom projecto (se esquercemos a queda para o sebastianismo), que se eclipsou como tantos outros da nossa música (e fica sempre a dúvida se se tornaram maiores porque acabaram precocemente ou porque eram de facto suficientemente bons para perdurarem no tempo) – lamento, mais,contudo, a perda dos Sétima Legião e, noutra onda, dos Mler Ife Dada.
Pena é o asco pretensioso do vocalista, o Pragal da Cunha…mas isto de ser artista e de se achar como tal tem destas coisas.
Eu sou do tempo dos Heróis do Mar e adorava