Antes de Madrid estivemos em Barcelona, instalados numa pousada da juventude fantástica Mare De Deu De Montserratt que, em frente, tinha uma loja de comida feita. Era uma loja minúscula que servia, em embalagens de metal, comida fria, ao estilo das lojinhas do Corte Inglês.
Como estivemos em Barcelona vários dias, fomos a essa loja várias vezes. Para aí à segunda vez, o senhor da loja, um fulano forte de cabelo branco perguntou-nos de onde éramos.
Quando lhe dissemos que éramos portugueses ele respondeu, num castelhano acatalunhado: – Ah! Portugal, se não fossemos nós seriam espanhóis.
Eu senti-me ofendido (o meu irmão é um fervoroso iberista anti-madrid), e disse-lhe que devia estar enganado.
Voltou a insistir e acrescentou: Os espanhóis estavam ocupados a tentar por fim à revolta aqui na Catalunha, vocês aproveitaram-se e fizeram a revolta da independência nessa altura. Os catalães ajudaram-vos com meios humanos, porque também estavam interessados em baralhar os espanhóis.
Não saí muito convencido, mas não nego que fiquei contente em haver alguma intimidade entre portugueses e catalães.
Chegando a Portugal pude confirmar a história que o velhote tinha contado.
Agradecidos? Talvez solidários… apesar de tudo ajudaram-nos mas não se livraram dos espanhóis!
Na sexta-feira foi feriado… não consegui escrever isto…
Foi dia da Restauração da Independência! O Cavaco não fez discurso? Fez mal! Discursou no 25 de Abril, no 10 de Junho, no 5 de Outubro, mas não discursa no 1.º Dezembro?
Foi há 366 anos…
Que “os Conjurados, um grupo nacionalista português nascido clandestinamente durante o domínio dos espanhois sobre Portugal (ver dinastia Filipina), constituído por quarenta homens, na sua maioria da nobreza portuguesa cujo objectivo era o de destituir os Filipes e proclamar um rei português. Aquele que ficou reconhecido como tendo sido o grande impulsionador da conspiração foi João Pinto Ribeiro. A 1 de Dezembro de 1640, os Conjurados invadiram o palácio da Duquesa de Mântua, (vice-rainha e representante de Filipe III em Portugal) atiraram Miguel de Vasconcelos (seu secretário) pela janela causando-lhe a morte, e proclamaram rei D. João IV, aos gritos de “Liberdade”. O povo acorreu logo a apoiar a revolução e, assim, D. Filipe III, IV de Espanha, que se encontrava já a braços com uma revolução na Catalunha (A guerra dos Segadores), não teve como retomar o poder em Portugal”. in Wikipédia
A data não foi esquecida os conjurados marcharam no Porto.
Ide….
Não foi esquecida… Houve a jantarada da Associações monárquicas e mais nada. O discurso do Cavaco? Uma deposiçãozinha de um ramo de flores nos Restauradores, em Lisboa, por exemplo. Mas não. nada, até porque os espanhois poderiam ficar chateados… E nosotros no queremos los hermanos emburrados, cieto?
Eu estive numa manifestação no Porto.
Em Lisboa também houve uma.
abajo siempre,nosotros somos portugueses,y nos gusta serlo